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![]() A Grande Esfinge do Egito sonha por este papel dentro... Escrevo — e ela aparece-me através da minha mão transparente E ao canto do papel erguem-se as pirâmides... Escrevo — perturbo-me de ver o bico da minha pena Ser o perfil do rei Quéops ... De repente paro... Escureceu tudo... Caio por um abismo feito de tempo... Estou soterrado sob as pirâmides a escrever versos à luz clara deste candeeiro E todo o Egito me esmaga de alto através dos traços que faço com a pena... Ouço a Esfinge rir por dentro O som da minha pena a correr no papel... Atravessa o eu não poder vê-la uma mão enorme, Varre tudo para o canto do teto que fica por detrás de mim, E sobre o papel onde escrevo, entre ele e a pena que escreve Jaz o cadáver do rei Quéops, olhando-me com olhos muito abertos, E entre os nossos olhares que se cruzam corre o Nilo E uma alegria de barcos embandeirados erra Numa diagonal difusa Entre mim e o que eu penso... Funerais do rei Quéops em ouro velho e Mim! ... |
Você sabia?
Vistas como guardiãs na estatuária egípcia, esfinges são descritas em uma destas duas formas:
Androsfinge (Sphinco Andro)- corpo de leão com cabeça de pessoa;
Hierocosfinge (Sphinco Oedipus Rex)- corpo de leão com cabeça de falcão.
A maior e mais famosa é Sesheps, a esfinge de Gizé, sita no planalto de Gizé no banco oeste do rio Nilo, feito em dois ao leste, com um pequeno templo entre suas patas. O rosto daquela esfinge é considerada como a cabeça do faraó Quéfren ou possivelmente a de seu irmão, o faraó Djedefré, que dataria sua construção da quarta dinastia (2723 a.C.–2563 a.C.). Contudo, há algumas teorias alternativas que redatam a esfinge ao pré-antigo império – e, de acordo com uma hipótese, a tempos pré-históricos.
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